Impacto da pandemia é maior para trabalhadores com baixa escolaridade

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A pandemia impactou a vida de milhares de trabalhadores em todo o mundo, mas enquanto muitos tiveram seus salários reduzidos ou perderam seus empregos, outros trabalhadores que conseguem trabalhar em casa puderam até mesmo observar uma redução nos gastos e aumentar a poupança. 

E por que isso acontece? 

As medidas de isolamento e outras restrições afetaram especialmente os trabalhadores de baixa renda, em particular os que atuam na informalidade e com baixa escolaridade, de acordo com levantamento do Ibre/FGV. Segundo pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em abril deste ano, 32% dos entrevistados tiveram queda na renda, enquanto 14% perderam completamente sua renda. 

Dados do IBGE revelam um dado ainda mais preocupante para trabalhares com poucos anos de estudo. Das 7,3 milhões de vagas de trabalho perdidas em 2020 no Brasil, dos quais 5,1 milhões eram ocupadas em postos informais de trabalho, 76% eram ocupadas por pessoas com até 10 anos de estudo. Ao mesmo tempo, pessoas com 15 anos ou mais de estudo, mesmo com o ensino superior incompleto, tiveram um aumento de 4,8% nas oportunidades de emprego. 

Essa discrepância acontece por dois motivos principais de acordo com o responsável pelo estudo, Fernando Veloso. O primeiro é que os trabalhadores menos escolarizados são mais fáceis de serem contratados quando a crise passar, e o segundo é que pessoas com ensino superior usualmente ocupam postos de trabalho mais adaptáveis ao trabalho remoto (home office/teletrabalho). 

Outro caso que ilustra bem esse quadro pode ser visto em estudo da SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), portal de estatísticas do Estado de São Paulo, que mostra que 18% dos trabalhadores que mantiveram seus empregos na Região Metropolitana de São Paulo foram afetados pelas medidas de restrição, agravando inclusive desigualdades que já existiam. 

Na mesma pesquisa é apontado que o trabalho remoto foi adotado por 2,2 milhões de pessoas na região, pouco mais de 1/4 dos postos de trabalho formal, sendo que até o final do último ano, 19,5% destes trabalhadores ainda se mantinham neste regime até o final do ano, sendo 63% destes com ensino superior completo, o que foi positivo para muitas empresas e, claro, para seus empregados que puderam manter seus empregos e renda, mas essa opção praticamente não existe para trabalhadores com ensino fundamental ou médio incompletos.

Você está preparado para o novo mercado de trabalho? 

Os trabalhadores com baixa escolaridade já estão sendo afetados durante a pandemia, e com algumas tendências tendendo a se manter pós-pandemia, como é o caso de uma parcela maior da população trabalhar em casa, seja em tempo integral ou parcial, especialmente em funções que não demandam contato com o público ou com outros membros da equipe, por exemplo, este prejuízo pode se estender por muito mais tempo para quem não estiver preparado para o novo mercado de trabalho. 

Há ainda uma consequência em decorrência de mais gente trabalhando em casa que é a redução da necessidade de serviços de limpeza, transporte, alimentação fora de casa, como bares e restaurantes, e outros negócios do setor de serviços, que empregam mais pessoas com baixa escolaridade. 

Portanto, não dá mais para esperar, comece a se preparar para o novo mercado de trabalho agora.

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Fontes: 

G1: glo.bo/3ducix6

Seade: bit.ly/2UdWLe6


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