Educação financeira: o que é, para que serve e dicas

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Ter dinheiro é importante, mas além disso, saber como administrá-lo é ainda mais, pois somente através do planejamento é possível traçar e alcançar objetivos de curto, médio e longo prazos, e estar preparado para imprevistos.

Por esse motivo é que a educação financeira é necessária para todas as pessoas, que lidam com quaisquer quantidades de dinheiro, porque auxilia-os a alocar os recursos de acordo com objetivos e necessidades dentro da sua própria realidade.

O que é educação financeira?

De acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o termo “EDUCAÇÃO FINANCEIRA” se aplica ao processo pelo qual consumidores e investidores obtêm melhor compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros, e progressivamente se tornam mais informados e instruídos, desenvolvendo habilidades e confiança, características deixam as pessoas mais atentas a riscos e oportunidades financeiras, dessa forma fazendo escolhas mais conscientes que proporcionem maior bem-estar.  

Quando trazemos esse conceito para o cenário brasileiro, ele torna-se ainda mais necessário, uma vez que segundo pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 46% dos brasileiros não fazem nenhum tipo de controle financeiro e consideram seu nível de educação financeira, em uma escala de 0 a 10, de nível 6,3.

Para que serve a educação financeira?

De uma forma simplificada a educação financeira serve para que você seja capaz de controlar seu dinheiro e não permitir ser controlado por ele. E como isso se dá?

Possibilitando que você gerencie seus gastos de forma consciente, garantindo que o que se ganha não é inferior ao que se gasta, evitando dívidas ruins ou ajudando na quitação das existentes, e viabilizando a criação de um fundo de reserva para emergências ou planos mais ambiciosos, além de possibilitar o investimento inteligente do dinheiro.

A educação financeira permite que você faça tudo isso com muito mais confiança e colabora para a redução de conflitos, quando o orçamento e os recursos utilizados são de mais de uma pessoa.

Você também irá perceber que ao se planejar corretamente, o estresse e a ansiedade gerados pelas incertezas gerados pela confusão nas finanças pessoais, irá se abrandar ou até desaparecer.

Ao gerenciar suas finanças de forma inteligente e consciente é possível realizar sonhos e objetivos que antes pareciam inatingíveis e sonhar novos sonhos, conquistar melhor qualidade de vida e ascender econômica e socialmente.

Por onde começar

Saiba quanto você ganha e o quanto gasta

Evite gastar mais do que você ganha. Parece uma coisa óbvia de se apontar, mas muitas pessoas não fazem a menor ideia de como está a proporção de gastos fixos para a renda que possuem.

Liste seus gastos fixos e variáveis e o quanto ganha entre salário (se for o caso), renda extra e outras fontes de renda. Faça isso com a ajuda de planilhas, aplicativos ou até mesmo em um caderno.

Em posse desses dados, uma técnica que pode facilmente ser aplicada é a famosa regra dos 50-15-35. Nela se distribui a renda da seguinte forma:

  • 50% em gastos essenciais: moradia, alimentação, transporte, saúde etc. (lembrando que alguns destes gastos são variáveis);
  • 15% em prioridades financeiras: quitação de dívidas, investimentos ou poupança;
  • 35% para manter seu estilo de vida: lazer, cuidados pessoais, e para compensar, por exemplo, o aumento dos gastos essenciais. Esta parcela da sua renda é a que pode ser acessada para gastos extras de forma mais maleável.

Abandone a inadimplência

Não ter dívidas nem sempre é o melhor, comprar um celular a prazo sem juros quando não há opção de desconto pode não ser melhor que parcelar sem juros e investir o montante e ver aquele dinheiro render. Ter dívidas saudáveis pode ser positivo para suas finanças e para sua qualidade de vida, você pode possuir parcelas, desde que elas caibam no seu bolso e possam ser pagas em dia.

No entanto, se suas contas se somam ao ponto de não poderem ser pagas em dia ou de ultrapassarem seu orçamento, a inadimplência pode te prejudicar tanto na questão de conseguir crédito para coisas importantes, quanto você estar perdendo dinheiro com multas e juros.

Com a educação financeira adequada você será capaz de escolher melhor o que e quando parcelar e o tipo de financiamento que irá adotar para adquirir determinados bens.

Estabeleça metas e objetivos

O aprendizado aplicado a objetivos concretos pode ser muito mais interessante. Por isso, estabeleça-os de forma clara, o que precisa ser feito para conquistar, por quanto devo você deve economizar ou irá precisar pagar aquele parcelamento, e o quanto da sua renda será comprometida para atingir seus objetivos.

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