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O hífen é um sinal gráfico que sempre gerou dúvidas sobre seu uso, e após a Reforma Ortográfica novos questionamentos sobre sua aplicabilidade surgiram, especialmente para quem foi alfabetizado antes do novo acordo.
Este sinal possui diversas funções em nossa língua, sendo a principal fazer a ligação entre substantivos compostos, mas também fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais com significado próprio, divisão silábica, em vocábulos formados por derivação prefixal e encadeamentos vocabulares.
Com tanta ocorrência de uso do hífen na Língua Portuguesa, é normal se confundir sobre quando NÃO USAR esse sinal gráfico.
Vamos lá para alguns exemplos:
1. Quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar com uma vogal diferente. A palavra autoescola, por exemplo, antes era escrita auto-escola. Outras palavras que mudaram a forma de serem escritas e não se usa mais o hífen: autoavaliação, semiárido, infraestrutura, autoaprendizagem, coautor, coeditor, semianalfabeto, aeroespacial, agroindústria, autoestima, etc.
No caso do prefixo “co”, geralmente, mesmo o segundo elemento começando com a mesma vogal, não se usa o hífen, como nos termos coordenar, coocupante, cooperativa, etc.
2. Deve-se dobrar a consoante ao invés de usar o hífen nas palavras em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa em “r” ou “s”. Exemplos: minissaia, microssistema, antissocial, autorretrato, suprarrenal, ultrassom, antirrugas, etc.
3. Quando o segundo elemento do vocábulo começar por consoante diferente de “r” ou “s” também não se emprega o sinal. Exemplos: autopeça, extraforte, ultramoderno, antipedagógico, seminovo, microcomputador, geopolítica, contracheque, etc.
4. Não se usa hífen quando a sequência dos prefixos super, hiper e inter começar com vogal ou consoante diferente. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superpopuloso, subemprego, interestadual, interamericano, hiperativo, etc.
5. Quando a segunda palavra após o advérbio “mal” começar por consoante, deve-se escrever tudo junto. Exemplos: malfalado, malvestido, maltrato, malpassado, etc.
6. O hífen deixou de ser empregado em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas. Exemplos: fim de semana, café com leite, pôr do sol, sala de jantar, etc.
7. Em palavras compostas que deixaram a noção de composição como, por exemplo, paraquedas, mandachuva, girassol, madressilva, pontapé, etc.
Observação: palavras que hoje constituem uma unidade semântica sem significado individual, mas que permanecem como substantivos compostos, e espécies botânicas e zoológicas, permanecem com aplicação do hífen, tais como, beija-flor, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, capim-limão, pimenta-de-cheiro, etc.
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